Em mensagem de fim de ano postada em suas redes sociais, no qual se defende de críticas à política externa brasileira, ele atacou a imprensa, afirmando que a mídia adota uma postura ideológica ao negar os avanços da diplomacia do governo do presidente Jair Bolsonaro.
"Dizem que é uma politica externa ideológica, não sei de onde tiram isso. É uma politica externa que contesta a ideologia. É uma politica externa que procura desmontar uma ideologia, que é justamente a ideologia que preside muitas dessas cíticas", disse o ministro das Relações Exteriores.
'Sistema de pensamento fechado que não permite a entrada da luz'
"O que é ideologia? É um sistema de pensamento fechado que não permite a entrada da luz e da realidade. Isso é o que transparece em muitas críticas", complementou.
Araújo afirmou ainda que as negociações do Brasil com os Estados Unidos e a China são positivas, e que as relações brasileiras com a África, Israel e países do golfo e árabes estão sendo reinventadas.
"Nossa relação com os Estados Unidos está dando certo, já deu vários resultados, vai continuar dando. Já conseguimos tudo o que queríamos? Ainda não, vamos continuar. Nossa relação com a China esta dando certo. Estamos reinventado nossa relação com a África, a relação com os países árabes, os países do golfo, com Israel.
Para não ficarem apenas com as falsas narrações e narrativas ideológicas da imprensa, faço um balanço de nossa pol externa em 2019, com muitos e resultados e rumo certo: ganhos comerciais, soberania, promoção da democracia e dos valores do povo brasileiro. https://t.co/McKXULu0qy
— Ernesto Araújo (@ernestofaraujo) December 28, 2019
Mais uma vez, ele citou a ideologia para defender a política externa em relação a Israel e países árabes.
'Defendendo os valores do povo'
"Uma ideologia dizia que não era possível ter boas relações com Israel e com os países árabes. O que é a realidade? Sim, podemos ter relações melhores com ambos ao mesmo tempo, produtivas, trazendo investimento, trazendo tecnologia, trazendo riquezas para o brasil", argumentou.
O chanceler disse ainda que o governo estava "defendendo os valores do povo ao redor do mundo", e que era possível "defender valores profundos do povo brasileiro, nosso sentimento, e ao mesmo tempo trazer comércio".
O chanceler também refutou a crítica de que a diplomacia brasileira estaria desprestigiada. "É exatamente o contrário", afirmou. Segundo Araújo, "o Brasil hoje é visto como um ator muito mais importante do que era antes".
'Somos o time do povo brasileiro'
O ministro aconselhou a população a acessar as redes sociais do governo e do Itamaraty para "saber realmente o que está acontecendo", fazendo outra comparação com o futebol.
Para ele, essa era maneira do "povo brasileiro ir ao estádio, ver como que está sendo o jogo, avaliar o desempenho do seu time, e nós somos o time do povo brasileiro".