Os cientistas apresentaram evidências estratigráficas, geoquímicas, geofísicas e geocronológicas de que a cratera, com cerca de 15 quilômetros de diâmetro, permanece enterrada debaixo de um grande campo vulcânico formado recentemente no sul do Laos.
Os especialistas salientam que "a cratera e os efeitos proximais de um grande impacto de meteorito (...) escaparam à descoberta durante quase um século". Porém, durante muito tempo era considerado que "estavam localizados algures na Indochina."
No final dos anos 30 do século passado, cientistas descobriram depósitos de camadas de tectitos que são pedras em forma de "gotas de vidro negro" na costa de Austrália e no sudeste asiático, "espalhadas em aproximadamente 20% do território do hemisfério oriental da Terra", que se crê terem sido formadas na sequência de impactos de grandes meteoritos na superfície da Terra.
Os pesquisadores se concentram nas distorções do campo gravitacional terrestre que podem surgir perto de crateras. Foi essa missão que indicou a existência da cratera no Laos, no território do platô de Bolaven, repleto de lava e detritos de rochas sedimentares.
Após analisar o interior da cratera, se verificou que é composto pelos mesmos minerais que os tectitos e, nos arredores, os cientistas descobriram vestígios de rochas deformadas como resultado de um forte impacto.