O premiê já foi acusado pelo procurador-geral de Israel, Avichai Mandelblit, por suborno e fraude. Netanyahu alega que as acusações são políticas e visam destituí-lo de seu cargo.
"Gostaria de liderar o governo de Israel por muitos anos. Segundo a lei, a imunidade é sempre temporária. A imunidade dá aos representantes do povo proteção temporária do judiciário. Ela dura até que a atual convocação do Knesset [parlamento israelense] pare de funcionar. Se o Knesset termina de trabalhar em três meses [...] então a imunidade acaba", disse o primeiro-ministro.
Netanyahu foi alvo de várias investigações de corrupção, incluindo alegações de que recebeu presentes caros de vários empresários, implantou uma lei que beneficiaria um dos principais jornais de Israel e apoiou uma regulamentação mais rígida no setor de telecomunicações em troca de cobertura positiva na imprensa.
A imunidade também pode servir para Netanyahu ganhar tempo. Em 2019, Israel realizou duas eleições, mas nenhum partido conseguiu maioria absoluta e as conversas para formar uma coalizão falharam. Há uma nova eleição prevista para março de 2020.