Além disso, 22% dos entrevistados disseram que para eles tanto faz a forma de governo, índice nove pontos maior do que na enquete anterior, quanto 13% deram essa resposta.
Outros 12% afirmaram que a ditadura é preferível em algumas situações, mesmo percentual da pesquisa anterior, realizada em 3 e 4 de outubro de 2018, na semana do 1º turno das eleições.
O levantamento de agora, publicado pelo jornal Folha de S.Paulo, ouviu 2.948 pessoas em 5 e 6 de dezembro, em 176 municípios de todas as regiões do país. A margem de erro é de 2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Diminui índice de brasileiros que acham que ditadura pode voltar
A pesquisa também apontou que aumentou o percentual de brasileiros que acham improvável o retorno da ditadura ao país.
Para 49% dos entrevistados não há nenhuma chance da ditadura voltar, quando em 2018 esse número era de 42%.
Além disso, 25% acreditam que há um pouco de chance de volta, contra 19% na enquete anterior. E 21% acham que há muita chance da ditadura voltar, enquanto em 2018 esse índice era maior, de 31%.
Quase 60% avaliam ditadura negativamente; 30% acham que foi boa
Sobre o legado da ditadura, o percentual dos brasileiros que enxergam mais realizações negativas do que positivas subiu de 51% para 59%. Por diversas ocasiões, o presidente Jair Bolsonaro enalteceu o regime militar.
Por outro lado, o percentual dos que acham que esse período deixou mais legados positivos caiu de 32% para 30%.
O levantamento também consultou o índice de conhecimento da população sobre o Ato Institucional nº 5, o AI-5, uma das principais medidas da repressão adotadas pela ditadura militar (1964-1985). Ele é desconhecido por 65% da população brasileira, enquanto 35% dizem já ter ouvido falar do ato.