Para entender melhor os riscos que a construção apresenta para o meio-ambiente, o governo americano aprovou uma lei, publicada no site do Congresso do país, a qual obriga a Secretaria da Energia dos EUA a apresentar um relatório sobre o estado da cúpula.
"Ao passar 180 dias após a data da promulgação desta lei, o secretário de Energia apresentará aos Comitês dos Serviços Militares do Senado e à Câmara de Representantes um informe sobre o estado da cúpula de Runit, nas ilhas Marshal", diz o texto da lei.
Além disso, um plano de reparo da construção também é requerido com fins de defender o meio-ambiente e a vida selvagem.
Testes nucleares
A cúpula da ilha de Runit, no oceano Pacífico, esconde milhares de toneladas de material radioativo, fruto de testes nucleares realizados entre 1946 e 1958 nas ilhas Marshall.
Conforme publicou o jornal The Los Angeles Times ainda em novembro, a região foi palco de, pelo menos, 67 explosões atômicas, o que trouxe destruição às ilhas e a abertura de crateras.
Contudo, com o intuito de reduzir os impactos provocados pela radiação do lixo nuclear, foi construída uma cúpula em uma das crateras abertas na ilha de Runit.
Mortes e risco de colapso
A construção se deu de forma polêmica, sendo que muitos dos trabalhadores da obra acabaram morrendo de câncer e outras doenças ligadas à radiação.
Atualmente a estrutura corre o risco de colapso devido à ação das marés mais fortes na região, resultado do descongelamento dos glaciares e das mudanças climáticas.