Conte liderou em junho de 2018 uma coalizão entre o Movimento Cinco Estrelas, antissistema, e a Liga, que atrai eleitores de direita. Quando o primeiro acordo se partiu, ele ajudou a negociar uma nova coalizão entre o Cinco Estrelas e o Partido Democrático, tradicional de direita, conforme analisa a agência Bloomberg.
Após orientar o orçamento de 2020 através do parlamento, o primeiro-ministro afirmou que gostaria de começar o ano negociando um plano de Governo que será implementado até o fim do mandato parlamentar, em 2023.
Contudo, a Liga, dirigida por Matteo Salvini, mantém a liderança na intenção de votos, apesar da última tentativa de tomar o poder em 2019.
O Governo enfrentará grandes desafios para prosseguir com sua agenda, entre eles a possibilidade de convocar ainda neste mês dois referendos sobre reformas eleitorais, um quanto à redução do número de deputados e outro quanto à introdução de um sistema de representação direta, descreve a Bloomber.
Os grupos que talvez venham a ser mais afetados pelas mudanças, propostas pelos referendos, poderiam buscar convocar novas eleições, dissolvendo a coalização de Conte. Este risco tem gerado ansiedade entre os investidores.