De acordo com matéria publicada pela agência Reuters, o motivo da medida é a redução da capacidade produtiva da empresa petrolífera, que é alvo de sanções, e a falta de dinheiro e de funcionários.
Para forçar a saída do poder do presidente Nicolás Maduro, os Estados Unidos impuseram uma série de embargos contra a PDVSA.
No ano passado, o governo chavista e líderes da oposição chegaram a discutir a permissão para que joint ventures lideradas pela companhia venezuelana operassem campos de petróleo. De acordo com a lei, a PDVSA é quem deve controlar a produção.
O objetivo da medida seria impulsionar o investimento na empresa, o que aumentaria seu lucro. No entanto, a iniciativa poderia ser considerada uma concessão do governo, que nacionalizou a produção de petróleo ainda sob a gestão de Hugo Chávez.
'Privatização de fato'
Segundo o ex-ministro de Energia e presidente da PDVSA Rafael Ramirez, a companhia inclusive já teria cedido operações nos campos para algumas empresas parceiras, embora ressalte que nenhum acordo oficial tenha sido feito nesse sentido.
"A PDVSA não está mais produzindo. Está assinando contratos para que outros produzam, numa privatização de fato", afirmou à Reuters o hoje oposicionista Ramírez.
O ex-ministro comandou a indústria de energia venezuelana durante mais de dez anos, mas entrou em conflito com Maduro, que o acusa de corrupção.
Segundo Ramírez, entre as empresas que estariam controlando as operações ou investindo na PDVSA estão a russa Rosneft e a chinesa CNPC.
Ainda de acordo com a Reuters, executivos, empresários e líderes sindicais afirmaram que, pouco a pouco, parceiros minoritários da PDVSA em operações conjuntas estão assumindo mais funções sobre as operações.