O Pentágono aprovou o envio de mais 3.000 soldados para o Oriente Médio após o assassinato do alto comandante iraniano Qassem Soleimani na sexta-feira (3).
Surgiram imagens em mídias sociais em que supostamente mostram as tropas americanas sendo redistribuídas do Kuwait para o Iraque.
No vídeo, é possível ver um comboio militar carregado de veículos blindados pesados e tanques movendo-se por uma rua movimentada supostamente em uma cidade não identificada do Oriente Médio.
It is now known that the #USAF's C-17As which transported the rangers of #USArmy's 82nd Airborne Division to #Kuwait yesterday also transported M2A2 Bradley Fighting Vehicles from #FortBragg. Video recorded today & provided by @Imamofpeace shows M2A2s on their ways to #Iraq. pic.twitter.com/CGAzsVyj3G
— Babak Taghvaee (@BabakTaghvaee) January 3, 2020
Sabe-se agora que os aviões C-17A da Força Aérea dos EUA que transportaram ontem os rangers da 82ª Divisão Aerotransportada do Exército dos EUA para o Kuwait também transportaram veículos de combate M2A2 Bradley de Fort Bragg [Carolina do Norte]. Vídeo gravado hoje e fornecido por Imamofpeace mostra os M2A2 em seu caminho para o Iraque
A qualidade do vídeo, porém, não permite ter a certeza de que se trata de uma real movimentação de forças dos EUA para o Iraque. O padrão de camuflagem dos veículos transportados assemelha-se, no entanto, ao que é usado pelas forças dos EUA no Oriente Médio.
Um porta-voz do Departamento de Defesa dos EUA disse em uma declaração anterior que "a brigada da Força de Reação Imediata (FRI) da 82ª Divisão Aerotransportada foi alertada para se preparar para o destacamento, e está agora sendo destacada".
Alguns usuários duvidaram, contudo, que os veículos militares no vídeo tremido pertencessem à 82ª Divisão Aerotransportada dos EUA.
Crise na relação EUA–Irã
O Pentágono confirmou que o general iraniano Qassem Soleimani, chefe da unidade Força Quds, do Corpo da Guarda Revolucionária Islâmica, foi morto por ordem do presidente norte-americano Donald Trump durante um bombardeio no Aeroporto Internacional de Bagdá, no Iraque.
A Casa Branca justificou o assassinato como medida preventiva, alegando que Soleimani estava conspirando novos ataques contra militares americanos.
Teerã declarou que Washington cruzou uma "linha vermelha", jurando vingança pelo que a liderança iraniana está chamando de ato de terrorismo.