Pequim se opõe à estratégia "impraticável" da administração de Trump de pressão máxima contra Irã, considerando-a contraproducente, advertiu o ministro chinês das Relações Exteriores, Wang Yi. O alto responsável chinês falou com seu homólogo iraniano, Javad Zarif, com o último condenando a morte na sexta-feira (3) do comandante da força Quds do Irã pelos EUA.
Sergei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, também falou com o homólogo iraniano, com ambos concordando no sábado (4) que os EUA não estão diminuindo, mas sim aumentando as tensões regionais. Lavrov também expressou suas condolências pelo assassinato do militar persa.
"Os ministros observaram que a ação ilegítima dos EUA agravou seriamente a situação na região", disse a entidade diplomática russa.
"Nessas condições, Rússia e China estão interessadas em reduzir as tensões e tomarão medidas conjuntas para criar condições para uma resolução pacífica de situações de conflito", acrescentou a entidade diplomática russa.
Soleimani, chefe da Força Quds de elite do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã, foi morto na sexta-feira (3) em um assassinato direcionado em Bagdá, Iraque, que Washington afirma ter sido necessário para evitar ataques a cidadãos dos EUA. Teerã jurou que vingaria a morte do general popular, que teve procissões com milhares de pessoas no Iraque e no Irã.