NYT informa sobre ordem de Trump para matar Soleimani contrariando Defesa dos EUA

© REUTERS / Marco BelloPresidente dos EUA, Donald Trump, durante compromisso de campanha, na Flórida, em 21 de dezembro de 2019
Presidente dos EUA, Donald Trump, durante compromisso de campanha, na Flórida, em 21 de dezembro de 2019 - Sputnik Brasil
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O jornal New York Times comunicou que presidente americano Donald Trump autorizou o assassinato do general iraniano contrariando o Departamento de Defesa dos EUA.

Segundo a mídia, citando fontes do Pentágono e da administração dos EUA, funcionários do departamento militar propuseram ao líder norte-americano liquidar o major-general iraniano Qassem Soleimani, mas considerando a ação como "a medida mais extrema" e duvidando que ele tomasse essa decisão.

No dia 28 de dezembro, Trump, em vez de mandar eliminar fisicamente o general iraniano, ordenou à Força Aérea americana que atacasse as posições do movimento xiita Kata'ib Hezbollah no Iraque, perto da fronteira com a Síria. Esse ataque, no dia 30 de dezembro, provocou protestos em massa em frente à embaixada americana em Bagdá.

Na quinta-feira (2), Trump então optou pela medida extrema, o que, como se observa no artigo, "abalou" os funcionários do Pentágono.

As fontes da publicação informaram que a inteligência comunicou sobre ameaças às embaixadas, consulados e militares americanos na Síria, Iraque e Líbano, já que Soleimani havia visitado recentemente suas unidades militares nesses países e supostamente planejava um ataque "inevitável".

Entretanto, alguns funcionários afirmaram que as movimentações do general iraniano morto eram "normais".

De acordo com a inteligência americana, o líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, pediu a Soleimani que voltasse a Teerã e não teria consentido a realização de um ataque antiamericano, escreve a mídia.

© AFP 2023 / Hossein Mersadi / fars newsMilitares com o caixão do general Qassem Soleimani após chegada no aeroporto de Ahvaz, 5 de janeiro de 2020
NYT informa sobre ordem de Trump para matar Soleimani contrariando Defesa dos EUA - Sputnik Brasil
Militares com o caixão do general Qassem Soleimani após chegada no aeroporto de Ahvaz, 5 de janeiro de 2020

Além disso, o jornal ressalta que entre os apoiantes das medidas radicais estavam o secretário de Estado americano, Mike Pompeo, e o vice-presidente dos EUA, Mike Pence.

Neste domingo (5), Trump disse através do Twitter que estava pronto para atacar com um "golpe rápido e forte" contra 52 alvos no Irã, no caso de um ataque contra os americanos.

Morte do general iraniano em Bagdá

As tensões entre Washington e Teerã aumentaram após a morte do general iraniano Qassem Soleimani, que foi assassinado em Bagdá na sexta-feira (3) durante um ataque aéreo autorizado pelo presidente norte-americano Donald Trump.

O ataque também matou Abu Mahdi al-Muhandis, um dirigente das Forças de Mobilização Popular Shia do Iraque. Os Estados Unidos alegaram que os dois oficiais estavam por trás do cerco à Embaixada dos EUA no Iraque no dia 31 de dezembro de 2019.

Segundo o ministro da Defesa iraniano Amir Khatami, Teerã dará uma "resposta esmagadora" aos que estão por trás do assassinato do general.

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