Carta vazada informa que EUA deixarão Iraque; Pentágono nega

© REUTERS / Khalid Mohammed/PoolCoronel Steven Warren, porta-voz da coalizão antiterrorista liderada pelos EUA no Iraque
Coronel Steven Warren, porta-voz da coalizão antiterrorista liderada pelos EUA no Iraque - Sputnik Brasil
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Os Estados Unidos anunciaram nesta segunda-feira (6) que a coalizão que lideram deixará o Iraque após determinação do Parlamento local.

A decisão foi anunciada por carta obtida pela agência de notícias Reuters. Na missiva enviada a Bagdá, Washington afirma que "respeita sua decisão soberana de ordenar nossa retirada" e que as forças da coalizão "tomarão medidas apropriadas para minimizar e mitigar o distúrbio ao público".

O texto é assinado por William H. Seely III, comandante das tropas dos EUA no Iraque. "Enquanto começamos a implementar esta próxima fase de operações, quero reiterar o valor de nossa amizade e parceria", diz a carta.

Todavia, após a repercussão da carta, o Pentágono negou que as tropas estão de saída. 

Os Estados Unidos bombardearam e mataram o general iraniano Qassem Soleimani no Aeroporto Internacional de Bagdá. O mesmo ataque de drone também matou Abu Mahdi al-Muhandis, comandante-adjunto de um grupo de milícias xiitas iraquianas. A ação provocou reação de Teerã e aumentou a tensão no Oriente Médio. O Parlamento do Iraque decidiu no domingo (5) que todas as tropas estrangeiras deveriam deixar o país.

Contudo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, chegou a afirmar que só deixaria o país após o Iraque pagar por uma base aérea estadunidense. "Nós temos uma base aérea extraordinariamente cara lá. Custou bilhões de dólares para construí-la, muito tempo antes de mim. Nós não vamos sair até que eles nos paguem por isso", afirmou o presidente norte-americano.

O secretário de Estado dos EUA também expressou recentemente resistência à retirada das tropas. Em entrevista à Fox News, Mike Pompeo disse que o atual primeiro-ministro do Iraque, Adil Abdul-Mahdi, é "interino". "Ele está sob enormes ameaças da própria liderança iraniana contra a qual estamos batalhando. Estamos confiantes de que o povo iraquiano quer que os Estados Unidos continuem lá".

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