O Irã disse no domingo que está dando um passo atrás em relação a seus compromissos, embora também tenha dito que continuaria a cooperar com o órgão de controle nuclear da ONU.
Seu anúncio coincidiu com uma grande escalada de tensões com Washington após o assassinato pelos EUA do comandante militar iraniano Qassem Soleimani em um ataque de drones na sexta-feira em Bagdá, no Iraque.
O Irã, que afirma que seu programa nuclear é para fins civis, já violou muitas das restrições do pacto em resposta à retirada de Washington do acordo em 2018 e à reimposição de sanções contra Teerã que afetaram a economia do país.
"O acordo nuclear ainda não está morto", comentou o vice-ministro de Relações Exteriores Abbas Araqchi, que também é um negociador nuclear sênior.
"Estamos prontos para voltar ao pleno cumprimento do acordo, dependendo do fim das sanções e dos benefícios econômicos do acordo", acrescentou.
Líderes europeus no acordo podem iniciar um processo de resolução de disputas nesta semana que pode levar a renovadas sanções da ONU a Teerã, declararam diplomatas europeus na segunda-feira.
O Irã criticou o Reino Unido, França e Alemanha por não salvar o pacto, protegendo a economia de Teerã das sanções dos EUA.