"Juan Guaidó tomou juramento como presidente da República Bolivariana da Venezuela no hemiciclo de sessões da Assembleia Nacional", publicou no Twitter o Centro de Comunicação Nacional, órgão criado por Guaidó para dar informações sobre o que a oposição intitula "governo encarregado" do país.
Mais cedo, o deputado opositor brigara na entrada da Assembleia para que parlamentares da oposição pudessem participar da sessão. Agentes da Polícia Nacional Bolivariana e da Guarda Nacional impediam a entrada de congressistas que, segundo as autoridades governamentais, estão inabilitados.
"Aqui estamos para defender seus direitos, vamos fazer todo o possível, humanamente, com as ferramentas que temos, para fazer com que entrem os deputados e realizar a sessão no Palácio Federal", disse Guaidó para jornalistas na entrada do Parlamento.
No local, simpatizantes do chavismo gritavam palavras de ordem contra Guaidó e parlamentares opositores.
Uma Assembleia, duas direções
A Assembleia Nacional se encontra dividida em duas. Uma direção está nas mãos de Guaidó, e a outra de Luis Parra, que foi empossado novo presidente da Casa no dia 5 de janeiro, em uma votação que gerou polêmicas.
Neste dia, no qual Guaidó perdeu a reeleição para a presidência do Congresso, opositores afirmaram que não puderam entrar no Palácio Legislativo. Deputados chavistas e o presidente venezuelano, Nicolás Maduro, por sua vez, dizem que os parlamentares não quiseram comparecer pois sabiam que Guaidó perderia.
Depois, em uma sessão improvisada no auditório de um jornal local, os opositores fizeram uma votação e reelegeram Guaidó como presidente da Assembleia Nacional.
O deputado opositor, autointitulado "presidente encarregado" da Venezuela, tinha prometido comparecer à sessão desta terça-feira para presidir o órgão, enquanto Parra tinha convidado o deputado a participar como parlamentar ocupando cadeira.