Ela está no Líbano, para onde o ex-executivo fugiu. O mandado de prisão contra Carole foi pedido pela promotoria japonesa.
Ela é acusada de ter mentido ao afirmar que não conhecia e não tinha se encontrado com pessoas relacionadas a uma empresa que recebeu pagamentos da Nissan Motor. A quantia depois foi repassada para uma companhia de Carlos Ghosn.
O ex-executivo, que tem nacionalidade brasileira, francesa e libanesa, estava sob prisão domiciliar no Japão e seria julgado por crimes financeiros.
O Ministério da Justiça japonês busca agora formas de trazer ele de volta ao país, e para isso está estudando as leis libanesas. A pasta diz que fará "tudo o que for preciso" para levar Ghosn a julgamento, segundo matéria publicada pela Reuters.
Líbano diz que sua entrada no país foi 'legal'
O governo do Líbano confirmou ter recebido a ordem de prisão contra Carlos Ghosn e disse tomaria as medidas cabíveis, mas nenhum mandado em relação a Carole foi notificado.
"Ghosn é um cidadão libanês e tem o direito de ser tratado com base no judiciário competente e nas leis aplicáveis, e sua entrada no território libanês é legal", afirmou o Ministério da Justiça do Líbano.
O embaixador japonês no Líbano, Takeshi Okubo, conversou sobre a questão com o presidente libanês, Michel Aoun, e pediu cooperação.
O ex-executivo deverá conceder coletiva de imprensa nesta quarta-feira (8), no que pode ser sua primeira aparição pública desde sua prisão, em 2018, e sua fuga para o Líbano, país onde passou a infância.