"Dirijo-me à senhora com o objetivo de comunicar que a partir do dia desta data se põe fim à sua missão [diplomática] especial na República Argentina e as suas funções no marco da mesma", declarou em nota feita ontem (7), a subdiretora do Cerimonial do Ministério das Relações Exteriores da Argentina, Mariángeles Bellusci, à Elisa Trotta Gamus.
É válido lembrar que ainda em 11 de outubro passado Elisa Trotta Gamus havia sido reconhecida por Buenos Aires como chefe da missão diplomática venezuelana na Argentina. Anteriormente, a mesma havia sido escolhida pelo líder oposicionista venezuelano Juan Guaidó para ocupar o cargo.
Contudo, desde a eleição do atual presidente argentino, Alberto Fernández, mudanças na forma do país ver a crise na Venezuelana foram esperadas.
Reação
Conforme publicou o jornal argentino Clarín, Trotta disse que continuará sendo porta-voz de Guaidó.
"Estamos abertos a continuar o diálogo com o governo argentino. Sabemos que os argentinos querem recuperar a democracia na Venezuela", afirmou a ex-embaixadora.
Anteriormente, o novo chanceler argentino, Felipe Solá, classificou as atividades diplomáticas de Trotta como "ilegais".
"É ilegal, não vamos buscar desculpas. Pensamos que as relações são complexas, mas tampouco se pode violar a legislação para ter o embaixador que um quer", afirmou Solá ao jornal.