No domingo, o Irã informou que abandonaria as limitações ao enriquecimento de urânio, dando mais um passo para trás nos compromissos sob o acordo nuclear (JCPOA) de 2015.
"É nossa opinião que o JCPOA continua sendo a melhor maneira de impedir a proliferação nuclear no Irã, a melhor maneira de incentivar os iranianos a não desenvolver uma arma nuclear", declarou Johnson ao Parlamento britânico.
"Acreditamos que, depois que a crise tiver diminuído, o que, é claro, esperamos sinceramente que ocorra, esse caminho a seguir permanecerá. É uma concha que foi anulada atualmente, mas continua sendo uma concha na qual podemos colocar substância novamente", acrescentou.
Fiel aliado dos Estados Unidos no Oriente Médio, o Reino Unido tem uma opinião contrária à Casa Branca sobre o acordo nuclear com o Irã. Horas após a fala de Johnson, o presidente estadunidense Donald Trump voltou a pedir que britânicos, alemães, franceses, russos e chineses deixem o documento formalizado em 2015.
Londres defendeu a ação dos EUA que resultou na morte do general iraniano Qassem Soleimani na última sexta-feira, em Bagdá, no Iraque, apesar de ressaltar de não ter recebido qualquer aviso sobre o ataque aéreo feito por um drone norte-americano.