General Majed al Qaisi, especialista militar em espionagem e grupos terroristas, comentou em entrevista à Sputnik Árabe que o ataque iraniano foi uma resposta direta e adequada ao assassinato do general iraniano Qassem Soleimani.
"O ataque aos norte-americanos foi realizado no Iraque porque o general iraniano também foi morto lá. Não temos motivos para afirmar que entre Washington e Teerã tenha sido acordado o horário do ataque às bases no Iraque", argumenta o general.
Além disso, al Qaisi analisa que "Teerã interpretou o assassinato de seu general como uma agressão direta, à qual era necessário dar uma resposta simétrica".
No entanto, o analista político Abdel Qader al Jamili apresentou à Sputnik uma visão diferente quanto ao ocorrido:
"É evidente que a operação realizada com mísseis foi calculada por ambos os lados. O objetivo principal foi manter a face do governo iraniano. Tudo se tornou claro depois da troca de mensagens entre os EUA e o Irã através do embaixador suíço, que representa os interesses norte-americanos no Irã [...] Esta versão é confirmada pela reação do lado norte-americano, que foi extremamente calma."
Reação dos manifestantes iraquianos
Anteriormente, manifestantes iraquianos demonstravam seu descontentamento pelo enfrentamento entre o Irã e os Estados Unidos em território iraquiano, exigindo o fim imediato do desrespeito pela soberania do país árabe.
Em resposta ao aumento de tensões entre estes países, foram organizadas grandes manifestações em Bagdá com slogans como: "Nós não somos seu campo de batalha, lutem e ajustem contas em outro lugar!"
Manifestações massivas estão programadas para 10 de janeiro para exigir a dissolução do Parlamento iraquiano e o fim da presença de forças estrangeiras no país.