As prisões são resultado de uma investigação feita pelo Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), órgão que trata das questões de imigração no país, depois de uma denúncia feita por uma das vítimas dos suspeitos.
"Recebemos uma denúncia há cerca de três meses, foi quando começou a investigação. Na operação houve participação de 55 agentes do SEF", explica à Sputnik Brasil o diretor central de investigação do SEF, Gonçalo Rodrigues.
Durante a operação, realizada na manhã desta quinta-feira (9) em várias localidades da região metropolitana de Lisboa, os agentes encontraram cerca de 30 estrangeiros, a maioria brasileiros, alojados em "diferentes locais de culto, em condições muito precárias", segundo nota do núcleo de imprensa do SEF enviada à Sputnik Brasil. São pessoas que foram convencidas a se mudar "pela organização religiosa no país de origem, encontravam-se na sua maioria em situação irregular em Portugal, a exercer atividade laboral subordinada sem o necessário título jurídico válido", lê-se na nota.
Imagens feitas pelos agentes do SEF durante a operação mostram alguns espaços do alojamento. Há colchões no chão, lixo acumulado nos quartos e sujeira na cozinha, além de falta de luz natural.
As vítimas são homens, mulheres e crianças, que eram obrigados, ainda, a pagar aluguel para os suspeitos presos. "A maioria está em situação irregular. Foram notificados para comparecer no SEF. O objetivo principal é verificar se têm possibilidade de se legalizarem em Portugal", explica o diretor Gonçalo Rodrigues.
Embora as condições de alojamento sejam precárias, o diretor afirma que não havia nenhuma "situação dramática, portanto as pessoas continuam a dormir lá por enquanto".
Os três pastores detidos já foram levados à justiça para aplicação das primeiras medidas de coação. Como a investigação sobre as atividades do grupo religioso continua em andamento, o SEF preferiu não confirmar à Sputnik Brasil o nome da igreja nem a cidade onde está instalada.