De acordo com os dados providenciados pelo grupo de investigação após análise dos destroços do Boeing 737, a parte inferior do nariz do avião está praticamente ausente. Isso indica que o projétil explodiu mesmo por baixo da cabine dos pilotos.
Este fato foi confirmado por um vídeo publicado nas redes sociais onde aparentemente é exibido o momento exato do impacto do projétil contra a aeronave. Nas imagens é possível observar que o míssil voava de frente para o Boeing.
Assim sendo, a explosão danificou em primeiro lugar a cabina dos pilotos, que ficou envolvida em chamas, destruindo todo o sistema eletrônico a bordo.
Segundo os materiais providenciados pela comissão de investigação, é possível concluir que o transponder da aeronave deixou de funcionar imediatamente e que os controladores aéreos deixaram de receber informação do voo, escreve portal russo Topwar.
É também conhecido que, até ao impacto com o míssil, a comunicação entre a torre de controle e o avião ucraniano decorria com normalidade e que a tripulação não tinha informado sobre qualquer falha até alcançar a altitude de 2,4 quilômetros.
Além disso, o controlador não dispunha de nenhum tipo de informação sobre o perigo iminente e não pôde informar os pilotos. Na fuselagem também se pode observar o dano infligido pelos elementos destrutivos do míssil.
Ontem, o Irã anunciou, em declarações divulgadas pela TV estatal, que seu Exército "derrubou involuntariamente" o avião ucraniano. As autoridades iranianas atribuíram o episódio a um "erro humano".
De acordo com o mesmo comunicado, o avião civil voava próximo a um posto sensível do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã e acabou sendo confundido com uma possível ameaça.