Professor é demitido após ironizar que Irã deveria listar 52 potenciais alvos nos EUA

CC BY 2.0 / sporst / Tomasso Hall, Babson CollegeFaculdade de Babson, em Massachussetts, nos EUA (foto de arquivo)
Faculdade de Babson, em Massachussetts, nos EUA (foto de arquivo) - Sputnik Brasil
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Postagem fazia referência à lista de 52 possíveis alvos para bombardeio no Irã divulgada por Trump, que incluía patrimônios culturais. Professor sugeria shopping centers e casa da família Kardashian como possíveis alvos nos EUA.

O professor adjunto da Faculdade de Babson, em Massachussetts, nos EUA, foi demitido do cargo após postar uma "piada" no Facebook, sugerindo que o Irã seguisse o exemplo de Trump e listasse 52 potenciais alvos para bombardeios em território norte-americano.

A publicação na página pessoal do professor Asheen Phansey, que foi posteriormente deletada, sugeria que o supremo líder do Irã publicasse "uma lista de 52 locais do patrimônio cultural norte-americanos para bombardear".

Dentre as sugestões do professor, estavam um grande shopping no Estado de Minessota e a residência da família Kardashian, que participou de um reality show recorde de audiência nos Estados Unidos.

© AP Photo / Vahid SalemiA mesquita de Isfahan, patrimônio cultural da humanidade reconhecido pela UNESCO, estava entre os 52 alvos listados por Donald Trump
Professor é demitido após ironizar que Irã deveria listar 52 potenciais alvos nos EUA  - Sputnik Brasil
A mesquita de Isfahan, patrimônio cultural da humanidade reconhecido pela UNESCO, estava entre os 52 alvos listados por Donald Trump

A postagem gerou repercussão imediata e viralizou nas redes, gerando comentários críticos em relação à faculdade na qual o professor trabalhava, reportou o New York Times.

Ao tomar conhecimento do post, a diretoria da Faculdade de Babson, instituição particular que conta com cerca de 3.000 estudantes, condenou a publicação, dizendo repudiar "qualquer forma de ameaça" e "ações de apoio à violência".

"Essa postagem de um membro da nossa equipe em sua página pessoal do Facebook claramente não reflete os valores e a cultura da Faculdade de Babson", diz o comunicado.

Após sua suspensão, o professor Phansey lamentou sua "tentativa mal sucedida de fazer uma piada".

"Como americano, nascido e criado [nos EUA], eu estava tentando fazer uma justaposição entre o nosso 'patrimônio cultural' e as mesquitas e igrejas ancestrais do Irã", declarou.

O professor acrescentou que se opõe a qualquer forma de violência: "Me desculpem, se meu humor desajeitado foi interpretado como uma ameaça".

© AP Photo / Matt SaylesKhloe Kardashian (à esquerda) Kourtney Kardashian (centro) e Kim Kardashian em inauguração de marca. Professor sugeriu que a residência de uma das famílias mais populares dos EUA seria 'patrimônio cultural' do país
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Khloe Kardashian (à esquerda) Kourtney Kardashian (centro) e Kim Kardashian em inauguração de marca. Professor sugeriu que a residência de uma das famílias mais populares dos EUA seria 'patrimônio cultural' do país

No dia seguinte, a faculdade anunciou a demissão do professor adjunto, dizendo haver baseado sua decisão em "investigações".

O professor lamentou que uma postagem na sua página pessoal no Facebook tenha levado à sua demissão.

"Eu esperava que a Babson, uma instituição de educação superior que eu amo e à qual eu me dediquei enormemente, me defendesse e apoiasse o meu direito à liberdade de expressão", declarou.

Neste sábado (11), o advogado do professor, Jeffrey Pyle, disse que a faculdade demitiu o seu cliente para parar as críticas que estava recebendo nas redes sociais. O post gerou um número significativo de críticas e, segundo o advogado, "comentários racialmente intolerantes".

"Vi um grande número de mensagens sugerindo que o professor Phansey fosse deportado [...] Asheen nasceu nos Estados Unidos, de família originária do sudeste asiático", disse o advogado.

Pyle acrescentou que, por causa de seu sobrenome, muitos leitores presumiram que o professor fosse iraniano ou árabe: "Acho que esse componente faz com que seja ainda mais lamentável que a Babson não o tenha defendido".

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