A diretiva presidencial de junho foi emitida com uma condição: a execução de qualquer operação específica para eliminar Soleimani tinha que ter a aprovação final de Trump, revelam oficiais.
Essa decisão explica a razão pela qual o assassinato de Soleimani estava no leque das opções que os militares apresentaram a Trump duas semanas atrás para responder a um ataque de forças pró-iranianas no Iraque, que vitimou um militar dos EUA e deixou quatro outros feridos, segundo funcionários da administração, escreve NBC News.
A escolha do momento poderia comprometer a justificação apresentada pela Administração Trump para ordenar o ataque de drone que matou Soleimani em Bagdá no dia 3 de janeiro.
Segundo representantes da administração, o chefe da Força Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica estava planejando ataques iminentes contra os americanos e tinha que ser impedido.
"Ao longo do tempo tinham sido apresentadas diversas opções ao presidente", disse um alto funcionário, acrescentando que já foi "há algum tempo" que os assessores do presidente colocaram o assassinato de Soleimani na lista de potenciais respostas às agressões do Irã.
Ainda em junho, quando o Irã derrubou um drone dos EUA, o na altura assessor de Segurança Nacional, John Bolton, instou Trump a retaliar aprovando uma operação para matar Soleimani, afirmam oficiais.
O secretário de Estado, Mike Pompeo, também se mostrou favorável a que o presidente estadunidense autorizasse o assassinato, referem funcionários da administração.
No entanto, Trump rejeitou a ideia, dizendo que ele só faria isso se Teerã cruzasse a "linha vermelha" que seria matar um cidadão americano.