O fundador e CEO Laurence Fink, que supervisiona a gestão de cerca de US$ 7 trilhões em fundos, disse em sua influente carta anual que acredita que o mundo está "à beira de uma reformulação fundamental das finanças" por conta do aquecimento global.
A mudança climática se tornou a principal questão levantada pelos clientes, disse Fink, e afetará tudo, desde títulos municipais a hipotecas de longo prazo para casas.
A empresa de Nova York está tomando medidas imediatas, retirando os investimentos em carvão usado para gerar energia e começará a pedir aos clientes que divulguem seus riscos relacionados ao clima.
"Como os mercados de capitais impulsionam o risco futuro, veremos mudanças na alocação de capital mais rapidamente do que as mudanças no próprio clima'', escreveu Fink na carta. "Em um futuro próximo - e mais cedo do que muitos esperam - haverá uma realocação significativa de capital''.
Essa mudança já está em andamento, informa a agência de notícias Associated Press. Os investidores alocaram US$ 20,6 bilhões em fundos sustentáveis no ano passado, quase quadruplicando o recorde estabelecido anteriormente, de acordo com a companhia de pesquisas Morningstar.
A União Européia planeja dedicar um quarto de seu orçamento ao combate às mudanças climáticas e estabeleceu um plano para aplicar US$ 1,1 trilhão em investimentos ecológicos nos próximos 10 anos.