"Vou me reunir com o Paulo Guedes agora à tarde. Eu acho que tem brecha para a gente atender. É porque a inflação de dezembro foi atípica, por causa do preço da carne. Então vai ser 14h, tenho um despacho com o Paulo Guedes para decidir esse assunto", afirmou Bolsonaro, citado pelo G1, a jornalistas na saída da residência oficial do Palácio da Alvorada.
Em uma medida provisória no fim de 2019, o governo federal sugeria o reajuste do salário mínimo com base em uma previsão do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) – o que resultaria em um valor de R$ 1.039.
Entretanto, a previsão do INPC não se confirmou em janeiro, quando os números oficiais do índice foram divulgados. Como eles ficaram acima do esperado (a previsão era de 0,62% em dezembro, mas acabou sendo de 1,22% em janeiro), o valor do salário mínimo ficaria abaixo da inflação. Já se for reajustado pelo total do INPC, o mínimo ficará em R$ 1.042,70.
De acordo com Bolsonaro, ao menos o valor do salário mínimo deve ser recomposto pelo INPC, caso não se chegue a um acordo em relação à inflação.
"É, a ideia. No mínimo isso aí. Agora, cada R$ 1 no salário mínimo são mais ou menos R$ 300 milhões [de impacto] no Orçamento. A barra é pesada, mas a gente tem que... Apesar de ser pouco o aumento, R$ 4 ou R$ 5, tem que recompor", completou o presidente.
Segundo o G1, uma das possibilidades é o governo estipular junto ao Congresso Nacional uma mudança na medida provisória a respeito do salário mínimo, que ainda não começou a tramitar no Legislativo federal. Os deputados e senadores retomam os trabalhos em fevereiro.