Apesar da tensão crescente na região, desde o início que era nítido que a situação não iria se transformar em um grande choque militar, opina Sachi Sakanashi, vice-diretora de Estudos do Oriente Médio do Instituto de Pesquisa de Energia e Economia do Japão.
"Os EUA queriam mostrar que não permitiriam ações como o ataque à embaixada americanas. Mas [o presidente norte-americano] Trump disse desde o início que não usaria força militar, e até agora tem se limitado a sanções econômicas", declarou.
"A probabilidade de uma guerra em grande escala no Oriente Médio é muito baixa, já que Trump disse que não se vingaria usando a força militar. O entendimento geral de que o perigo de uma guerra diminuiu recentemente levou à redução dos preços do petróleo. Quanto às exigências do Iraque de retirar as tropas americanas, Trump não concordará facilmente com a retirada das tropas americanas do Iraque", complementou.
Tensão na região
A tensão no Oriente Médio se agravou nas últimas semanas, após a morte do general iraniano Qassem Soleimani em um ataque aéreo americano, ordenado por Trump, em Bagdá no dia 3 de janeiro.
O Irã respondeu atacando bases onde estão estacionados militares americanos no Iraque, mas sem deixar vítimas. Após o assassinato de Soleimani, o Parlamento iraquiano exigiu a retirada das tropas estrangeiras do país.
Em resposta ao ataque, os EUA impuseram sanções a 17 empresas mineiras e metalúrgicas iranianas, bem como a navios estrangeiros envolvidos na exportação de seus produtos. Também foram impostas sanções a oito altos funcionários iranianos.