A cerimônia de assinatura do memorando de 86 páginas ocorreu na Casa Branca e contou com a presença do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e do vice-primeiro-ministro da China, Liu He.
Representantes de Washington afirmam que o acordo deverá levar a China a aumentar a compra de produtos agrícolas estadunidenses em US$ 50 bilhões anualmente (medida que poderá afetar os produtos rurais brasileiros) e também acarretar na compra adicional de US$ 200 bilhões em produtos dos Estados Unidos nos próximos dois anos.
Trump afirmou, também nesta quarta-feira, que manterá suas tarifas contra a China até que seja concluída uma nova fase do acordo comercial.
"Estamos deixando as tarifas atuais [...], mas eu concordarei em removê-las se pudermos definir a fase dois. Então, eu as deixo em vigor [...], mas todas elas serão removidas assim que terminarmos a fase dois", disse Trump antes de assinar o acordo.
O presidente acrescentou que não espera que uma terceira fase seja necessária para encerrar tarifas adicionais que Washington e Pequim aplicaram reciprocamente.
"Este acordo não é direcionado ou afeta os direitos e interesses legais de qualquer país terceiro. Está em conformidade com as regras da Organização Mundial do Comércio [...] É um acordo que beneficia os Estados Unidos, a China e o mundo, o que trará crescimento econômico e paz mundial", disse o vice-premiê chinês, Liu He, na cerimônia da Casa Branca.
Em carta, o presidente da China, Xi Jinping, cumprimentou a assinatura do acordo e disse que a iniciativa mostra que os dois países podem resolver suas diferenças por meio do diálogo.