Nesse festival em questão, conhecido como Bhogali Bihu, pessoas vestidas com o traje típico gamosa tomam banho de rio e, mais tarde, acendem fogueiras, em estruturas de bambu, madeira e feno conhecidas como mejis para orar pela destruição do mal e pelo bem-estar de todos, de acordo com sua tradição.
Os habitantes locais declararam que, ao orarem pelo fim de todos os males, decidiram queimar cópias do polêmico Ato de Emenda à Cidadania (CAA) por considerarem que essa nova legislação pode destruir sua identidade como assameses.
...the protests continue against the CAA in Assam during Bhogali Bihu celebrations. #CAAProtests #assamrejectscaa #Bihu #Assam #NE pic.twitter.com/neQDL7YnHr
— Abdul Gani (@imabdulgani) January 15, 2020
A nova e controversa lei indiana visa a conceder cidadania aos imigrantes hindus, sikhs, budistas, jainistas, parsi e cristãos que fogem da perseguição religiosa no Paquistão, Bangladesh e Afeganistão. No entanto, exclui os imigrantes muçulmanos, algo considerado discriminatório pelos manifestantes.
Enquanto parte dos manifestantes protestam contra a exclusão dos muçulmanos no texto, outros protestam contra a concessão de cidadania indiana aos estrangeiros considerados imigrantes ilegais.
"Se pessoas de outros países vierem morar aqui, nos tornaremos uma minoria em nosso próprio estado", disse um habitante local citado por um correspondente da Sputnik.
Conforme relatos, mais de 25 pessoas morreram devido a ações policiais e mais de 7.000 foram detidas nos estados indianos de Assam e Uttar Pradesh durante protestos contra a polêmica nova lei.