Nesta quarta-feira (15), durante um discurso transmitido em rede nacional no Irã, o presidente iraniano criticou a ideia de substituir o acordo nuclear assinado em 2015 por um novo pacto, citou a agência de notícias. Ele descreveu a proposta, feita pelo primeiro-ministro britânico Boris Johnson na terça-feira, como "estranha".
O líder iraniano propôs voltar à versão inicial do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA) e disse que Teerã pode voltar atrás na sua decisão de reduzir os seus compromissos ao abrigo do tratado.
Previamente, devido ao descumprimento dos termos do acordo nuclear pelo Irã, o Reino Unido, a França e a Alemanha declararam que a eliminação dos limites que impedem que Teerã enriqueça o urânio "tem implicações de proliferação irreversível".
Teerã anunciou no dia 5 de janeiro que iria remover os limites que impedem o país iraniano de enriquecer urânio, mas enfatizou que continuaria cooperando com a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), órgão vinculado à ONU.
A medida veio três dias depois que Washington realizou um ataque ao aeroporto de Bagdá, no Iraque, no qual o importante general iraniano Qassem Soleimani e outras 11 pessoas foram mortas.