A declaração correspondente foi feita pelo vice-presidente do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA, general John Hyten.
"Estamos agora envolvidos em uma competição séria com outras nações na esfera de armas hipersônicas. Costumávamos estar na vanguarda há dez anos. Costumávamos ter dois programas, dois protótipos [...] Eles não funcionavam muito eficientemente. O que fizemos desde que nós falhamos? Temos estudado as razões desses fracassos durante anos antes de cancelarmos esses projetos", declarou Hyden.
O porta-voz do Pentágono reconheceu que, depois que o desenvolvimento parar, levará anos para se recuperar a liderança nesse setor e pediu uma aceleração do processo.
Desenvolvimento de mísseis hipersônicos
Nos últimos anos, Washington tem trabalhado ativamente no desenvolvimento de mísseis hipersônicos. Em 2018, o Pentágono iniciou o desenvolvimento do míssil ARRW de classe ar-terra, enquanto também está trabalhando no míssil hipersônico HCSW de longo alcance para a Força Aérea americana. No total, o desenvolvimento de ambos os mísseis custará ao orçamento dos EUA quase US$ 1,5 bilhão (R$ 6,2 bilhões).
Em novembro de 2019, o secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, observou que depois que a Rússia desenvolveu a tecnologia de armas hipersônicas, Washington ficou com uma lacuna na sua capacidade de combate que deveria ser eliminada.
No início de dezembro de ano passado, o presidente russo Vladimir Putin definiu como tarefa aumentar as capacidades de combate da Marinha russa, colocando em serviço novas fragatas e submarinos capazes de lançar mísseis hipersônicos Tsirkon.