O chefe de governo da região de língua francesa, Elio Di Rupo, disse à emissora RTBF nesta segunda-feira (20) que, no depender da posição da Valônia, o acordo em seu estado atual não deve ser aprovado.
O acordo UE-Mercosul visa permitir o livre comércio entre a Europa e quatro países da América do Sul. Os gigantes agrícolas Brasil e Argentina e seus vizinhos menores, Paraguai e Uruguai.
É o maior acordo comercial que o bloco europeu já negociou, afirma a agência de notícias AFP.
Todavia, ele enfrenta resistência de grupos agrícolas e ambientais europeus. A França ameaçou no ano passado bloquear a ratificação por causa da suposta inação do Brasil para conter os incêndios que assolam a Amazônia.
Di Rupo, que já foi primeiro-ministro da Bélgica, disse temer os efeitos do acordo comercial sobre a agricultura na Valônia. Ele também exigiu que o Mercosul aplique os padrões de saúde do bloco europeu.
Para que o acordo entre União Europeia e Mercosul seja concretizado, ele precisa ser ratificado em todo bloco europeu, inclusive pelas quatro regiões que compõem a Bélgica.