"Neste momento, existem 119 ações planejadas nos Estados Unidos em 25 de janeiro", afirmou Lombardo nesta terça-feira. "Para algumas das ações, os grupos locais obtiveram permissões para outros, mas ações acontecerão em todos os lugares. Além das ações nos EUA, haverá ações em oito cidades do Canadá e em 11 outros países que conhecemos".
Lombardo observou que o movimento pela paz nos Estados Unidos experimentou um "avanço qualitativo" durante o comício anti-guerra que organizou em 4 de janeiro, quando milhares de participantes saíram às ruas em cerca de 80 cidades depois que o governo dos EUA atacou as milícias iraquianas e matou o general iraniano Qassem Soleimani em Bagdá.
As medidas foram vistas como uma exacerbação da situação já tensa no Oriente Médio que provavelmente pode levar a uma guerra direta entre os Estados Unidos e o Irã.
"As ações ocorreram em mais de 80 cidades e foram maiores do que nos últimos tempos", contou Lombardo. "Acreditamos que o movimento anti-guerra nos EUA está crescendo e alcançando uma unidade importante. No próximo mês, a UNAC realizará nossa conferência nacional em Nova York, onde esperamos que alguns desses ganhos possam ser discutidos e solidificados".
Lombardo também disse que o aumento da perspectiva de guerra com o Irã não apenas alarmou o povo americano, mas reuniu todas as organizações anti-guerra no país, pedindo uma série de ações em 25 de outubro.
"Minha própria organização, a UNAC, é uma coalizão de cerca de 160 grupos locais, regionais e nacionais. Nós, juntamente com o Code Pink, a coalizão ANSWER e todos os outros grupos, estamos organizando essas ações juntas", explicou.
'Governo dos EUA tem medo da reação do povo'
Lombardo revelou que no sábado as ações ocorrerão nas grandes cidades e nas pequenas cidades, e os organizadores locais determinam o que é possível fazer em sua localização. Por exemplo, alguns eventos serão vigílias, outras marchas e comícios com palestrantes e similares.
"Acreditamos que o governo dos EUA tem medo da reação do povo americano. É por isso que eles se afastaram das invasões e ocupações dos países e mais para usar forças substitutas, drones, guerras aéreas, sanções econômicas e golpes para tentar mudar o regime", avaliou Lombardo. "A mídia nos EUA é muito controlada, portanto, a menos que as ações sejam massivas, elas não as cobrirão, exceto em alguns dos locais menores onde a mídia local os cobrirá".
Lombardo apontou que os comícios planejados mostrarão que há uma forte oposição às políticas agressivas do governo dos EUA em torno disso, que apenas ajudarão a construir o movimento de paz nos Estados Unidos.
"É somente através de um forte movimento de massa que podemos ter um efeito sobre a política dos EUA, como fizemos durante o movimento de oposição à guerra dos EUA no Vietnã. Nosso objetivo é construir esse tipo de movimento de massa", destacou ele.
Em 3 de janeiro, os Estados Unidos usaram um ataque por drone para assassinar o principal comandante do Irã, Qassem Soleimani. Cinco dias depois, o Irã lançou ataques de mísseis balísticos contra duas bases militares no Iraque, que abrigavam tropas americanas.
Em resposta aos ataques com mísseis iranianos, os Estados Unidos anunciaram novas sanções contra o Irã, designando oito oficiais iranianos envolvidos no ataque e 17 empresas iranianas de ferro e aço.