"Houve muitas conversas com Nicolás Maduro nos últimos meses. Não houve nenhuma demonstração de que ele esteja preparado para permitir eleições presidenciais livres e abertas", declarou Pompeo na Costa Rica, a segunda parada de uma turnê pela América Latina e pelo Caribe.
Um assessor informou que Pompeo estava se referindo às negociações mantidas com a Noruega, e não com os Estados Unidos.
Pompeo foi questionado sobre a entrevista de Maduro ao jornal The Washington Post no fim de semana passado, na qual ele disse estar aberto a manter conversas diretas com Washington.
"Não vimos evidências de que Maduro esteja remotamente interessado em ter eleições livres e justas. Ele sabe que perderia", rebateu Pompeo.
Enquanto isso, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou novas sanções contra o regime socialista, bloqueando 15 aeronaves usadas pela estatal PDVSA.
"Várias aeronaves PDVSA foram usadas para transportar membros seniores do antigo regime de Maduro", sublinhou o documento, acrescentando que os aviões seriam apreendidos como "propriedade bloqueada" se entrassem nos EUA.
Maduro garantiu ao The Washington Post na entrevista publicada no domingo que conversas diretas criariam "um novo tipo de relacionamento" entre os inimigos.
"Se houver respeito entre os governos, não importa o tamanho dos Estados Unidos, e se houver um diálogo, uma troca de informações verdadeiras, tenha certeza de que podemos criar um novo tipo de relacionamento", afirmou Maduro.
O líder socialista disse que estava pronto para negociar com os EUA o fim das sanções impostas pelo presidente Donald Trump com a intenção de estrangular a indústria petrolífera do país sul-americano e forçar Maduro a sair do poder.
Maduro indicou que, se Trump suspender as sanções, as empresas petrolíferas dos EUA poderão se beneficiar imensamente do petróleo da Venezuela.