Durante entrevista ao canal colombiano Caracol, o diplomata destacou que o lado americano conseguiu discutir os detalhes do plano com "representantes da América do Sul e Central, assim como da Europa".
"O projeto deve levar [o presidente Nicolás] Maduro a sair e o povo da Venezuela a poder realizar eleições livres e justas. Estamos falando com a América do Sul, América Central e Europa, países de todo o mundo para alcançar este resultado", disse o Secretário de Estado ao canal.
Pompeo observou que a estratégia desenvolvida para a mudança do governo venezuelano é "fundamental", e que os EUA pretendem continuar na mesma direção. Ele também acusou Maduro de ser o responsável pela "enorme crise humanitária na Venezuela".
Acusações contra Maduro
"Obviamente ainda há muito a ser feito. Maduro ainda anda por aí infligindo uma das piores crises humanitárias da história, mas juntos estamos avançando, trabalhando neste projeto. Conseguiremos eleições presidenciais livres e justas, e então os venezuelanos terão um futuro melhor, mais próspero e mais brilhante", destacou.
O secretário de Estado americano chegou a Bogotá na segunda-feira (20) para realizar uma série de reuniões com os líderes do governo colombiano e participar da Conferência Ministerial Hemisférica de Combate ao Terrorismo.
Anteriormente, Maduro comunicou em entrevista à edição americana Washington Post que está pronto para um diálogo direto com os EUA, mas prefere falar diretamente com o presidente americano Donald Trump, porque acredita que Pompeo falhou na Venezuela.
Na Venezuela, os protestos em massa contra Maduro começaram em 21 de janeiro de 2019, logo após a sua tomada de posse.
Em seguida, o líder da oposição venezuelano, Juan Guaidó, proclamou-se chefe de Estado interino, sendo reconhecido por vários países ocidentais, liderados pelos EUA.
Rússia, China, Turquia e vários outros países apoiaram Maduro como único presidente legítimo. Em uma reunião oficial da Assembleia Nacional da Venezuela em 5 de janeiro de 2020, Luis Parra foi eleito para substituir Guaidó como presidente do Parlamento.