Os documentos foram divulgados como parte de um pedido, de acordo com a Lei de Liberdade de Informação, no Arquivo de Segurança Nacional da Universidade George Washington, e depois compartilhados com jornalistas.
Essa operação, realizada em novembro de 2016, fazia parte de toda uma ofensiva contra o Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em outros países) no ciberespaço, destinada especificamente à mídia e às operações on-line do grupo terrorista. A manobra teve como objetivo eliminar a infraestrutura digital dos extremistas e impedir que os membros do grupo terrorista comunicassem e publicassem propaganda.
A operação foi descrita pelo Comando Cibernético como uma vitória por ter "desafiado com sucesso [o Daesh] no domínio da informação".
Os arquivos expostos demonstram até que ponto o comando ainda estava aprendendo a conduzir operações e os problemas enfrentados pelos especialistas em operações no mundo virtual.
Falta de experiência
Contudo, as limitações e a falta de experiência neste setor de ofensiva acabaram pregando uma peça nos líderes do comando durante a operação contra o grupo terrorista.
"Eles [o comando] não estavam realmente preparados para a quantidade de dados que estavam extraindo dos servidores do Daesh. O Comando Cibernético não estava preparado para uma operação desta magnitude desde o primeiro dia", disse Michael Martelle do Arquivo Nacional de Segurança, acrescendo que os especialistas "tiveram que aprender e a ganhar experiência à medida que avançavam".
Martelle afirmou que o verdadeiro significado por trás da Operação Sinfonia Brilhante é que o Comando Cibernético usou a experiência adquirida com essa ofensiva como um modelo para operações futuras.
Esse trabalho lançou as bases para a formação de um grupo sobre a Rússia, dedicado a combater o país eurasiático no ciberespaço, opinou o general Paul M. Nakasone, diretor da Agência de Segurança Nacional e comandante do Comando Cibernético dos EUA.