Em 1917, no auge da Revolução de Outubro, um corpo expedicionário de milhares de soldados norte-americanos invadiu o país. Levou três anos para a Rússia soviética se livrar dos "hóspedes indesejados" americanos, escreve o autor em seu artigo na Counter Punch.
Durante a Segunda Guerra Mundial (1941-45), a URSS e os Estados Unidos foram aliados na luta contra a Alemanha nazista.
Contudo, os americanos conseguiram adiar durante três anos sua entrada de fato na guerra, enquanto milhões de cidadãos soviéticos se sacrificaram na luta contra a Wehrmacht (Forças Armadas da Alemanha durante o Terceiro Reich).
Outro fato, segundo o jornalista, foi quando os soviéticos abateram o avião do piloto espião americano Francis Gary Powers em 1960, no que ficou conhecido como o incidente do U-2. O autor destaca que "não há dúvida de que o avião estava no espaço aéreo soviético", e que isso "foi um ato de guerra".
Desordem econômica
Um outro plano "inocente" da CIA, que implicava a explosão de um gasoduto que transportava gás natural através da Sibéria, foi aprovado pelo 40º presidente norte-americano, Ronald Reagan, em 1982.
Pressupunha-se deixar a União Soviética se apoderar do sistema ocidental de controle de tubulações, mas este sistema, que controla bombas, turbinas e válvulas, iria falhar após algum período de operação normal.
O resultado deveria ter sido a desordem econômica, um desastre para o meio ambiente, e "a mais poderosa explosão não nuclear e incêndio jamais registrada do espaço".
Outro projeto do período Reagan envolveu a sabotagem econômica: Washington convenceu a Arábia Saudita a aumentar a produção de petróleo, sabendo da importância da produção de energia para a URSS. Isso resultou na queda dos preços do petróleo em todo o mundo, o que fez a economia soviética entrar em crise.
"Quando os Estados Unidos se preocupam por a Rússia causar problemas em sua política interna, isso soa muito como projeção psicológica […] Os americanos trabalharam arduamente para destruir a URSS", concluiu o autor da matéria.