"O principal problema que temos agora é a presença ilegítima de tropas estrangeiras no território do país, por isso nosso governo está agora dando prioridade à expulsão total destas formações do nosso território", disse o embaixador da Síria na Rússia, Riad Haddad, em uma reunião no Conselho da Federação (câmara alta do parlamento russo).
A Síria vive desde março de 2011 um conflito no qual as forças governamentais enfrentam grupos armados da oposição e organizações terroristas.
A solução do conflito está sendo buscada em duas plataformas, a de Genebra, patrocinada pela ONU, e a de Astana (atualmente Nursultan), patrocinada pela Rússia, Turquia e Irã, países que são garantes do cessar-fogo na Síria.
O governo sírio protesta contra a presença de uma coalizão de mais de 70 nações, liderada pelos Estados Unidos, que desde 2014 vem lançando ataques aéreos contra terroristas na Síria sem o consentimento das autoridades do país árabe ou do Conselho de Segurança da ONU.
Além disso, o governo condena a presença militar da Turquia, embora reconheça seus esforços conjuntos com a Rússia para estabilizar a situação no noroeste da Síria.
No início deste mês, na zona de trégua de Idlib, foi decretado um cessar-fogo acordado pela Rússia e Turquia.
Apesar do armistício, grupos armados ilegais atacaram povoados civis e forças governamentais sírias em várias ocasiões na província de Aleppo, que está incluída na zona de trégua de Idlib.
Comentando as operações militares conduzidas pelo Exército governamental sírio, apoiado pela Rússia, contra grupos ilegais em Aleppo, Haddad disse que elas eram "legítimas e destinadas a devolver ao nosso governo o controle total sobre o território do país".
"A Síria vai continuar a luta contra o terrorismo e não vamos pará-la até que libertemos o último centímetro do nosso território", disse ele.