O presidente iraniano Hassan Rouhani declarou que Teerã nunca buscaria obter armas nucleares, com ou sem o acordo nuclear de 2015.
"Nunca almejamos armas nucleares […] Com ou sem o acordo nuclear nós jamais buscaremos armas nucleares [...] As potências europeias serão responsáveis pelas consequências da violação do pacto", afirmou o líder iraniano.
A declaração foi feita uma semana após Rouhani ter recusado a proposta de discutir um novo acordo, classificando-o como uma oferta "estranha", acusando o presidente norte-americano de falhar em manter suas promessas.
Rouhani comentou o pedido do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, feito a Donald Trump para substituir o JCPOA por um novo pacto para impedir o país persa de desenvolver armas nucleares.
Além disso, Javad Zarif, ministro de Relações Exteriores do Irã, avisou que "depende da Europa" o JCPOA continuar válido após a aplicação do mecanismo de resolução de disputas, lançado pelos signatários europeus do acordo. Zarif salientou que o Irã está pronto para reverter as medidas de supressão das limitações restantes previstas no JCPOA, uma vez que a Europa retome seu comprimento do acordo.
Em 5 de janeiro, o governo iraniano anunciou que não respeitaria mais os limites impostos pelo acordo, que foi estabelecido para reduzir consideravelmente o programa nuclear iraniano. Em troca, as sanções internacionais contra o país seriam removidas.