As autoridades de saúde chinesas anunciaram que a cidade de Huanggang está suspendendo seu transporte público, incluindo trens e ônibus, após o surto do novo coronavírus, apelidado de 2019-nCoV, que começou em meados de dezembro de 2019.
Locais de entretenimento em ambientes fechados, como cibercafés e cinemas, também foram requisitados para fechar. As autoridades locais estão pedindo aos sete milhões de cidadãos que permaneçam em casa e não deixem a cidade, exceto em "circunstâncias especiais".
A vizinha Wuhan, o epicentro do surto, já foi isolada do mundo. A situação é ainda mais complicada com o advento do Ano Novo Lunar, o maior feriado da China, com centenas de milhões de pessoas viajando para casa para passar o tempo com suas famílias.
O novo coronavírus foi descoberto pela primeira vez em dezembro, com os casos iniciais aparecendo perto do mercado de frutos do mar de Hunan, em Wuhan, um chamado "mercado úmido", onde os animais vivos são vendidos ao lado de carne crua, peixe e frutos do mar.
As autoridades de Wuhan fecharam o mercado em 1º de janeiro deste ano e proibiram a venda de animais vivos nos mercados da cidade em 22 de janeiro.
O vírus 2019-nCoV é uma doença zoonótica, o que significa que ele se espalhou originalmente para seres humanos a partir de animais.
No entanto, as autoridades de saúde chinesas ainda não sabem ao certo como o vírus continua a se espalhar e se é possível o contágio de humano para humano. Até o momento, foram mais de 500 casos confirmados de infecção na China, com pelo menos 17 mortos.
A China foi atingida anteriormente por um coronavírus em 2003, quando o SARS da época matou mais de 300 pessoas em um período de oito meses.