Novas observações mostram que o mais quente de todos é ainda mais estranho, propenso ao derretimento planetário tão severo que as moléculas que compõem sua atmosfera são destruídas.
O planeta KELT-9b, que é um Júpiter ultraquente, é um das diversas variedades de exoplanetas – planetas que giram em torno de outras estrelas encontradas na nossa galáxia. O KELT-9b, além de ter uma massa quase três vezes maior do que a do nosso Júpiter, orbita uma estrela que está localizada a 670 anos-luz da Terra.
A temperatura da sua superfície corresponde a 4.300 graus Celsius, sendo ele mais quente que algumas estrelas – este planeta é o mais quente já descoberto até hoje.
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— matiere* (@matiere) January 25, 2020
KELT-9b pic.twitter.com/D07RXjFa4u
Com a ajuda do telescópio espacial Spitzer da NASA, astrônomos descobriram evidências de que o calor é muito forte até para que as moléculas da atmosfera.
As moléculas de gás hidrogênio são provavelmente desfeitas quando é dia no exoplaneta KELT-9b, sendo incapazes de se formar novamente até que os átomos flutuem ao redor até chegarem à parte escura do planeta. Trata-se de um ciclo vicioso.
"Este tipo de planeta é tão extremo em temperatura que se sobrepõe a todos os exoplanetas", destaca Megan Mansfield, estudante de pós-graduação e autora principal de uma nova pesquisa da Universidade de Chicago.
A ciência está apenas começando a visualizar a atmosfera de exoplanetas, examinando derretimentos moleculares dos planetas mais quentes e brilhantes.