Trata-se de um sistema estelar binário, onde a primeiro componente é uma anã branca e a outro é uma anã marrom, aproximadamente 10 vezes maior, que "absorve a essência como um vampiro", explica a NASA.
As duas estrelas se encontram muito perto uma da outra, tanto que a forte gravidade da anã branca, que é o núcleo restante de uma estrela como o Sol, remove o material (como gás e poeira) da marrom, que, por sua vez, não se tornam estrelas por falta de massa e são consideradas corpos subestelares.
A perda de energia rotacional, à medida que se aproxima da anã branca, cria uma espiral que se assemelha a um disco, dando origem ao disco de acreção.
O Kepler registrou o evento, observando um lento aumento no brilho, seguido por um rápido aumento. O brilho continua sendo um grande mistério. Contudo, as teorias da física do disco de acreção não preveem esse fenômeno, que já foi avistado em outras duas explosões de "novas anãs".
Mudança no campo magnético da Terra criou novo tipo de aurora boreal, revela cientista da NASA
— Sputnik Brasil (@sputnik_brasil) December 27, 2019
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As novas anãs são eventos raros, já que até o momento foram encontradas aproximadamente 100 delas, tanto que esta última foi detectada por acidente, pois, no momento da explosão, o Kepler estava orientado na direção correta.
De acordo com Ridden-Harper, cientista do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial (STScI) e da Universidade Nacional da Austrália, o recente encontro "aumenta as esperanças de detectar eventos ainda mais raros, ocultos nos dados do Kepler".