Novas análises do corpo preservado de Takabuti, uma jovem da elite egípcia da época, revelaram que sua morte resultou de um ataque violento, no qual foi esfaqueada. Seu cadáver mumificado foi encontrado em 1835, na região de Luxor.
Takabuti foi encontrada na antiga cidade de Tebas, atual Luxor, e desde então foi estudada por diversas vezes. Recentemente, seus restos mortais foram mais uma vez analisados, revelando a causa de sua morte.
Nos últimos anos, ela foi submetida a exames de raios X, várias tomografias computadorizadas, análises químicas do cabelo, datação por radiocarbono e uma biópsia para sequenciar seu DNA.
A revelação mais importante dessas análises foi a causa da sua morte: a garota, que tinha na época 20 anos de idade, teria sido apunhalada pelas costas, perto do ombro esquerdo, atingindo o coração, segundo Robert Loynes, responsável pelo estudo.
Além disso, a pesquisa contatou que ela possuía um dente extra, já que apresentava 33 dentes, ao invés dos habituais 32. Outro fato incomum é que seu esqueleto possui uma vértebra adicional, uma peculiaridade que apenas 2% das pessoas apresentam.
Greer Ramsey, curador de arqueologia dos Museus Nacionais da Irlanda do Norte, afirmou que os pesquisadores acreditavam que o coração de Takabuti havia sido removido do corpo, já que isso era algo comum nas mumificações egípcias. Entretanto, uma tomografia computadorizada mostrou que o órgão ainda se encontra no corpo.
"O significado de confirmar a presença do coração de Takabuti não pode ser subestimado, pois, no antigo Egito, esse órgão era removido após a morte, para decidir se a pessoa havia ou não levado uma boa vida [...] Se fosse muito pesado, era comido pelo demônio Ammit e sua passagem para o além falharia", explicou Greer Ramsey.
As amostras de DNA e os exames de raios X também deram pistas sobre a origem de Takabuti, que, segundo os cientistas, poderia ter ascendência europeia.