'As Malvinas são argentinas, não há um só argentino que pense o contrário', afirma veterano (FOTOS)

© Sputnik / Francisco LucottiNota de peso argentino em homenagem às ilhas Malvinas
Nota de peso argentino em homenagem às ilhas Malvinas - Sputnik Brasil
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O escritor e ex-combatente Edgardo Esteban, nomeado diretor do Museu Malvinas e Ilhas do Atlântico Sul, conversou com a Sputnik Mundo sobre os desafios para manter a história viva desde o primeiro hasteamento da bandeira no arquipélago em 1820.

A província mais austral da Argentina e do mundo, a Terra do Fogo, compreende também uma fração da Antártica, continente descoberto por navegadores russos, e as ilhas do Atlântico Sul. Enquanto continua a reivindicação do país sul-americano em organismos internacionais pela soberania das ilhas Malvinas, não há discussão sobre o valor simbólico, sentimental e político destes territórios para o conjunto da sociedade.

"As Malvinas não pertencem a nenhum governo, é uma questão de Estado e, como tal, merecem uma continuidade, uma construção de um relato que potencialize os distintos atores que existem nesta causa", disse à Sputnik Mundo Edgardo Esteban, diretor do Museu dedicado às Malvinas e primeiro ex-combatente nomeado para o cargo.
© Sputnik / Francisco LucottiEdgardo Esteban, diretor do Museu Malvinas e Ilhas do Atlântico Sul
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Edgardo Esteban, diretor do Museu Malvinas e Ilhas do Atlântico Sul

Em 6 de novembro de 1820, a Argentina, chamada então Províncias Unidas do Rio da Prata, hasteou pela primeira vez sua bandeira nas ilhas, no que se conhece como a tomada de posse do arquipélago, território que passa ao controle local logo após a independência da coroa espanhola.

Em 1833, o Império Britânico invadiu as ilhas, expulsou os habitantes argentinos de Porto Soledad e se instalou pela força no território.

A missão do Museu Malvinas e Ilhas do Atlântico Sul

"As Malvinas são argentinas, não há um só argentino que pense o contrário. Temos que reforçar, trabalhar na pedagogia para transmitir essa mística às novas gerações a partir da pluralidade de vozes", insistiu o autor do livro "Iluminados pelo Fogo", que foi adaptado ao cinema por Tristán Bauer, atual ministro da Cultura.

Esteban assegurou que seu desafio é ter um museu que tenha novos setores com o papel de gênero, meio ambiente e ecologia, com diversas vozes, fomentando o intercâmbio com outras áreas do governo como a Educação, Chancelaria, Defesa e Mulher, Gênero e Diversidade.

© Sputnik / Francisco LucottiA Antártica tem seu espaço relevante na exposição permanente.
A Antártica tem seu espaço relevante na exposição permanente - Sputnik Brasil
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A Antártica tem seu espaço relevante na exposição permanente.
© Sputnik / Francisco LucottiMapas, brasão de Portugal, maquetes, relíquias bélicas, representações da fauna local são apresentadas no museu.
Mapas, brasão de Portugal, maquetes, relíquias bélicas, representações da fauna local são apresentadas no museu - Sputnik Brasil
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Mapas, brasão de Portugal, maquetes, relíquias bélicas, representações da fauna local são apresentadas no museu.
© Sputnik / Francisco LucottiUniformes militares exibidos no Museu Malvinas.
Uniformes militares exibidos no Museu Malvinas - Sputnik Brasil
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Uniformes militares exibidos no Museu Malvinas.
© Sputnik / Francisco LucottiGaleria com manchetes de jornais da época.
Galeria com manchetes de jornais da época - Sputnik Brasil
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Galeria com manchetes de jornais da época.
© Sputnik / Francisco LucottiO Museu Malvinas está situado no Espaço da Memória (ex-ESMA).
O Museu Malvinas está situado no Espaço da Memória (ex-ESMA) - Sputnik Brasil
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O Museu Malvinas está situado no Espaço da Memória (ex-ESMA).
© Sputnik / Francisco LucottiMaquete de Porto Soledad.
Maquete de Porto Soledad - Sputnik Brasil
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Maquete de Porto Soledad.
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A Antártica tem seu espaço relevante na exposição permanente.
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Mapas, brasão de Portugal, maquetes, relíquias bélicas, representações da fauna local são apresentadas no museu.
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Uniformes militares exibidos no Museu Malvinas.
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Galeria com manchetes de jornais da época.
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O Museu Malvinas está situado no Espaço da Memória (ex-ESMA).
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Maquete de Porto Soledad.

O Museu Malvinas foi inaugurado em 2014 e transcende o conflito bélico. Trata-se de uma combinação de espaço de registro historiográfico, geográfico e biológico, que tem um espaço importante dedicado à guerra, mas também funciona como porta de acesso, à distância, ao arquipélago e à Antártica argentina.

Aqui convivem mapas e maquetes, relíquias bélicas, representações de animais autóctones, assim como diversos artefatos que conectam a história e o imaginário argentinos às ilhas.

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