Coreia do Norte restringe voos da China em meio a preocupações com coronavírus

© REUTERS / Jennifer GauthierTripulação de aeronave usando máscara no Aeroporto Internacional de Vancouver, Canadá
Tripulação de aeronave usando máscara no Aeroporto Internacional de Vancouver, Canadá - Sputnik Brasil
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A nova estirpe mortal de coronavírus foi detectada em mais de uma dúzia de países na Ásia, Oceania, Europa e América do Norte, e infectou mais de 4.500 pessoas na China, vizinha da Coreia do Norte.

Todos os voos da companhia aérea Air China com destino à Coreia do Norte foram cancelados para o mês de fevereiro, confirmou a embaixada da Rússia na Coreia do Norte, citando uma declaração do escritório de Pyongyang da companhia aérea chinesa.

O destino dos voos da companhia aérea norte-coreana Air Koryo também está em questão, segundo a embaixada, com apenas dois voos com destino a Pequim agendados para o próximo mês e com os voos futuros dependentes "do desenvolvimento da situação relacionada à propagação do coronavírus".

Esta é uma maneira melhor de representar o que está acontecendo.

De acordo com a missão diplomática russa, por enquanto, os voos entre Pyongyang e Vladivostok, na Rússia, continuarão duas vezes por semana, como previsto.

Mais medidas

Além da redução do tráfego aéreo de entrada, oficiais norte-coreanos tomaram medidas para inspecionar trens de passageiros de Pyongyang vindos da China, com relatos de que mesmo pessoas com sintomas leves, como resfriados, estão sendo colocadas em quarentena em Sinuiju, cidade fronteiriça da Coreia do Norte, como medida preventiva.

© SputnikVista do mirante mais setentrional da Coreia do Sul sobre a estrada que atravessa a fronteira. O pequeno arco entre as montanhas é a porta de entrada na Coreia do Norte
Coreia do Norte restringe voos da China em meio a preocupações com coronavírus - Sputnik Brasil
Vista do mirante mais setentrional da Coreia do Sul sobre a estrada que atravessa a fronteira. O pequeno arco entre as montanhas é a porta de entrada na Coreia do Norte

A Coreia do Norte tomou medidas preventivas semelhantes ao lidar com os surtos da síndrome respiratória aguda grave (SARS, na sigla em inglês) e do Ebola em 2003 e 2014, respectivamente, colocando em quarentena cidadãos norte-coreanos, incluindo dois altos responsáveis em Sinuiju durante 21 dias no último surto.

O jornal norte-coreano Rodong Sinmun confirmou na terça-feira (28) que as autoridades sanitárias foram enviadas para todo o país para promover a boa higiene pública, tendo sido intensificados os esforços de quarentena nas fronteiras terrestres, portos e aeroportos "para impedir a entrada do novo coronavírus no nosso país".

A nação asiática ainda não relatou um caso confirmado do vírus, mas diz que está trabalhando nos esforços para produzir reservas de medicamentos antivirais para tratá-lo, por precaução.

© AP Photo / Ahn Young-joonTrabalhadores desinfetando a estação de Suseo em Seul para controle do coronavírus, Coreia do Sul
Coreia do Norte restringe voos da China em meio a preocupações com coronavírus - Sputnik Brasil
Trabalhadores desinfetando a estação de Suseo em Seul para controle do coronavírus, Coreia do Sul

A Air China e outras companhias aéreas internacionais ofereceram reembolsos em voos para a China continental durante a semana passada, já que as preocupações com o novo coronavírus continuam se espalhando. Na sexta-feira (24), o Serviço Federal de Supervisão da Proteção dos Direitos do Consumidor e Bem-Estar Humano (Rospotrebnadzor) exortou os cidadãos russos a não viajarem para o país até que a situação epidemiológica possa ser estabilizada.

Contaminação de coronavírus

A Coreia do Norte fechou suas fronteiras a turistas estrangeiros no dia 22 de janeiro em meio a temores relacionados ao coronavírus 2019-nCoV, que já levou mais de 130 vidas na vizinha China, e afetou cerca de 4.515 pessoas em todo o país asiático. Quatro casos do vírus foram relatados na vizinha Coreia do Sul, com casos também confirmados no Japão, Vietnã, Camboja, Singapura, Malásia, Tailândia, Nepal, Taiwan, Austrália, França, Alemanha, Canadá e Estados Unidos.

Noticiado pela primeira vez em Wuhan, China, em dezembro, o novo coronavírus levou a uma emergência sanitária no país, incluindo o cancelamento das celebrações tradicionais do Ano Novo chinês e múltiplas medidas para lidar com a crise, incluindo a construção de um novo hospital para tratar doentes. No domingo (26), as autoridades sanitárias chinesas informaram que o novo coronavírus tem um período de incubação de 1 a 14 dias.

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