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Melhor maneira de se prevenir do coronavírus é lavar as mãos e usar máscaras, diz infectologista

© REUTERS / Jennifer GauthierTripulação de aeronave usando máscara no Aeroporto Internacional de Vancouver, Canadá
Tripulação de aeronave usando máscara no Aeroporto Internacional de Vancouver, Canadá - Sputnik Brasil
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O Ministério da Saúde, em Brasília, divulgou nesta quinta-feira (30) que o Brasil continua com 9 casos suspeitos de coronavírus 2019 n-CoV.

De acordo com a pasta, houve 43 notificações ao todo e nenhum caso confirmado ou classificado como provável.

Embora no Brasil ainda não tenha nenhum caso confirmado, Amaro Neto, infectologista do Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo (USP), deu dicas e sugestões sobre como se prevenir do coronavírus.

Segundo ele, por se tratar de um vírus que se espalha de uma maneira similar ao da gripe H1N1, a melhor maneira de se proteger da contaminação é fazer a higiene correta das mãos e usar máscaras.

"As principais medidas para se evitar a transmissão do vírus por via respiratória são aquelas que todo mundo conhece, de lavar bem as mãos ao tocar pacientes que estão infectados, utilizar máscaras ao entrar em contato com pacientes que estão com a doença e evitar o contato com perdigotos ao tossir e espirrar", disse à Sputnik Brasil.

Nesta quinta-feira (30), a Organização Mundial de Saúde (OMS) decidiu que o nome da doença causada pelo novo coronavírus é "Doença Respiratória de 2019-nCoV".

Segundo Amaro Neto, a nova nomenclatura, tanto para o vírus quanto para a doença, é importante porque, apesar da medicina já conhecer outros tipos de coronavírus, eles podem variar entre si.

"Quando você tem uma epidemia, mesmo quando ela é causada por um agente infeccioso já conhecido, em geral, se denomina esse agente com a epidemia atual porque ele pode ter passado por mutações. Às vezes pode ter passado por algumas alterações que vão influenciar na patogenia, na forma como a doença vai se estabelecer no hospedeiro e essas modificações que o vírus pode passar de uma epidemia para outra podem alterar a forma como os exames laboratoriais vão detectar esse vírus", afirmou.

Muito se especula que a doença pode ter sido iniciada através de um contágio entre humanos e morcegos. A confusão se dá, segundo Amaro Neto, porque há a presença de coronavírus em morcegos, mas ainda é cedo para tirar qualquer conclusão.

"Esse coronavírus está muito atrelado ao coronavírus presente nos morcegos, mas também pode ter tido animais que atuaram como vetores intermediários na transmissão. Mas isso ainda está sob investigação", completou.
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