"Se tudo não estiver pronto no Brasil, não vamos buscar ninguém, se depender do presidente, não vamos buscar ninguém", disse o presidente, acrescentando que um voo desses "custa caro", segundo o portal UOL.
Bolsonaro declarou que fretar um voo com essas características custa mais de US$ 500 mil.
"Pode ser [um custo] pequeno para o tamanho do orçamento brasileiro, mas depende da aprovação do Parlamento, depende deles", continuou ele, atribuindo a responsabilidade ao Congresso Nacional.
O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, expressou seu acordo com a posição do presidente e acrescentou que é necessário fazer paradas para retirar brasileiros da China.
"Não temos voo direto, você sai da China e faz uma conexão em Paris [ou] Frankfurt", comentou ele.
Segundo informações do Ministério das Relações Exteriores, cerca de 70 brasileiros residem na região de Hubei, onde fica a cidade de Wuhan. A pasta alegou que uma eventual evacuação de cidadãos exigiria autorização da China em conformidade com os padrões internacionais de quarentena.
No momento, o Brasil não possui nenhum caso de coronavírus, mas as autoridades de saúde relataram nesta sexta-feira que existem 12 casos suspeitos em todo o país.
Em 31 de dezembro de 2019, a China relatou um surto de pneumonia de origem desconhecida na cidade de Wuhan, capital da província de Hubei. Mais tarde, foi estabelecido que a infecção é causada por um novo tipo de coronavírus, catalogado pelos médicos como o 2019-nCoV.
Desde então, o total infectado pelo vírus excede 11.000 pessoas na China continental, com 258 mortes.
Segundo o boletim mais recente da Organização Mundial da Saúde (OMS), publicado nesta sexta-feira, outros 19 países registraram 106 casos confirmados do novo coronavírus.