A entidade faz vários prognósticos, de muito favorável a desfavorável, de maneira a incorporar as incertezas do mercado. Em um cenário um pouco menos favorável em 2050, o preço pode atingir US$ 78 (R$ 331) e, no pior dos casos, seria de US$ 46 (R$ 195).
Segundo a EIA, o chamado preço de referência do Brent em 30 anos pode se situar em torno de US$ 105 (R$ 445,6) por barril.
Se o cenário em que nos encontramos, caracterizado por um elevado fornecimento de petróleo e de gás, continuar, os preços dos hidrocarbonetos se situarão a um nível relativamente inferior ao do estudo norte-americano. Por outro lado, um menor fornecimento de hidrocarbonetos fará com que os preços subam devido ao elevado custo de produção e à complexidade de acessá-los.
A EIA também prevê que em 2022 os EUA podem chegar a produzir 14 milhões de barris diários de petróleo e que manterão este volume de produção ao menos até 2045. Essa estabilidade teria a ver com o fato de a exploração de petróleo de xisto poder se deslocar para outras áreas devido à produção diminuir em alguns poços.
Previamente, o organismo estimou que a produção anual média de petróleo norte-americano alcançaria em 2019 um novo recorde: 12,2 milhões de barris diários, o que supõe um aumento de 1,3 milhões frente ao volume registrado em 2018. Espera-se que a produção média anual de petróleo cru alcance 13,3 milhões de barris diários em 2020 e 13,7 em 2021.
O petróleo influencia fortemente a sustentabilidade econômica e a competitividade de muitos países. A relação entre seu preço e o bom desempenho da economia se baseia nos seguintes fatores:
- Os países exportadores de hidrocarbonetos estão mais interessados em que o petróleo cru seja mais caro, porque quanto mais caro, mais lucrativa é a sua exportação.
- Os países que importam petróleo cru estão mais interessados em que o valor do ouro negro não aumente, pela simples razão de que seu crescimento leva a um maior gasto para adquiri-lo.
Além do mais, o preço do petróleo cru influi na taxa de câmbio da maior parte das divisas. Seu aumento torna o dólar norte-americano mais abundante no mercado. Como resultado, sua cotação diminui e aumenta o de outras moedas. Quando o preço do petróleo cai, ocorre a situação contrária.
No entanto, o aumento do preço do dólar nem sempre implica uma mudança positiva para o consumidor, pois o aumento do preço dos combustíveis encarece o transporte e outros bens de consumo.