O achado ocorreu na província de Minya, sobranceira ao rio Nilo e a cerca de 320 km da capital egípcia, Cairo.
No conhecido sítio arqueológico de Al-Ghoreifa, foram descobertas 16 tumbas a oito metros de profundidade, contendo no total 20 sarcófagos – todos com corpos mumificados de sacerdotes.
Os arqueólogos creem se tratar de sacerdotes que se dedicavam ao culto do deus Thoth, também conhecido por Djeuti.
As tumbas datariam da 26ª dinastia (672-525 a.C.), contendo uma delas 6 sarcófagos, dois dos quais ainda selados e em muito bom estado, segundo informou ao The Times um dos arqueólogos, Mohamed Wahballah.
Um dos sarcófagos pertencia a um homem chamado Hr, sumo sacerdote, que na estrutura hierárquica do clero egípcio representava o topo do culto a determinado deus. O faraó, por sua vez, era o líder de todos os cultos.
Contudo, a descoberta tida como mais importante pelos arqueólogos foi a do sarcófago do sacerdote Djed, por nele estarem inscritos os apelidos de governantes da região central do Egito.
Foram também encontradas 10.000 estatuetas de cariz funerário, 700 amuletos e jarros pintados onde se guardavam as entranhas dos falecidos.
Os arqueólogos são unânimes em considerar estarmos perante uma das maiores descobertas arqueológicas dos últimos tempos.
O turismo, tradicionalmente, detém crucial importância na economia egípcia quer pelo seu peso no PIB quer pelos empregos que assegura e pelas divisas estrangeiras que gera.
O governo vem empenhando todos os esforços para detectar e promover novas descobertas arqueológicas que possam revitalizar o setor, atraindo mais visitantes estrangeiros.