Modly disse que, após o lançamento do satélite Sputnik pela ex-URSS, os EUA "aumentaram os gastos patrocinados com pesquisa e desenvolvimento para 3,6% do PIB em 1965", resultando no desenvolvimento de três gerações de mísseis balísticos intercontinentais entre 1957 e 1962.
"Esta retrospectiva histórica deve fazer nos entender que os grandes avanços tecnológicos, como as armas hipersônicas, podem desestabilizar o ambiente de segurança global e representar uma séria ameaça para a nossa nação", disse Modly ao portal Breaking Defence.
O chefe interino do Departamento da Marinha americana comenta que Washington está planejando realizar um teste de armas hipersônicas no final deste ano.
"É por isso que, quando se trata de armas hipersônicas, o nosso comando hoje deve ser 'a todo o vapor'", destacou.
Arsenal russo e chinês
No final de janeiro, os EUA anunciaram o início do desenvolvimento de interceptores de armas hipersônicas.
A Rússia e a China são os dois países líderes na criação e produção deste tipo de armas. Os russos foram os primeiros a implantar um míssil nuclear hipersônico e recentemente colocaram em operação o seu primeiro planador hipersônico, o Avangard. Moscou também anunciou planos para acrescentar mais duas armas hipersônicas ao seu arsenal: o míssil Kinzhal e os mísseis hipersônicos Tsirkon.
Pequim tem feito igualmente progressos no desenvolvimento destas armas, começando com o veículo planador hipersônico DF-ZF (também conhecido como WU-14), que se tornou operacional em outubro de 2019.