Analisando os registos de campo magnético nos extremos da Terra, localizados no Reino Unido e na Austrália, pesquisadores da Universidade de Warwick e da British Antartic Survey conseguiram detectar supertempestades dos últimos 150 anos.
Universidade de Warwick analisou dados históricos dos últimos 14 ciclos solares, muito antes do início da era espacial em 1957, no lugar dos últimos cinco ciclos solares utilizados atualmente.
A pesquisa mostra que tempestades magnéticas severas aconteceram em 42 dos últimos 150 anos e grandes supertempestades foram registradas 6 vezes nos últimos 150 anos. Uma tempestade geomagnética pode durar apenas alguns dias, mas pode ter consequências prejudiciais para a tecnologia moderna humana.
Supertempestades podem causar apagões, desativar satélites, interromper a aviação e causar perda temporária do sinal de GPS e comunicações de rádio, relata portal Science Daily.
"Estas supertempestades são eventos raros, mas calcular sua probabilidade de ocorrência é uma parte importante do planejamento do nível de mitigação necessário para proteger a infraestrutura crítica nacional", afirmou a professora Sandra Chapman, do Centro de Fusão, Espaço e Astrofísica da Universidade de Warwick. Chapman também lidera a pesquisa.
Este estudo propõe um novo método para abordar os dados históricos em busca de uma melhor imagem da possibilidade de ocorrência de supertempestades e de possíveis consequências delas no futuro.
Em 2014, a NASA avisou que havia uma probabilidade de 12% de uma tempestade solar ocorrer entre 2012 e 2022, semelhante àquela que aconteceu em 1859 e ficou conhecida como Evento Carrington.
A quantidade de energia liberada foi 20 vezes superior à energia liberada pela queda do meteorito que extinguiu os dinossauros e répteis marinhos. O Evento Carrington interrompeu o funcionamento dos sistemas de telégrafo em toda a Europa e América do Norte.