Durante audiência na comissão de serviços armados do Senado americano, Townsend também apelou ao Departamento de Defesa para se preocupar mais com a África.
"Acho que no passado talvez podíamos ter prestado menos atenção na África, e estaria tudo bem para [Estados Unidos da] América. Não acredito que esse seja o caso para o futuro", declarou o general americano.
De acordo com Townsend, há aproximadamente 5.000 soldados americanos na África, juntamente com cerca de mil civis e empreiteiros do Pentágono, advertindo que uma redução dessas forças deixaria potencialmente um "vazio" para a influência chinesa e russa no continente.
Presença militar dos EUA na África
"Se os EUA se afastarem muito da África, a China e a Rússia preencherão o vazio em nosso detrimento. Organizações extremistas violentas serão capazes de crescer descontroladamente, algumas acabarão ameaçando a pátria, e perderemos oportunidades de aumentar o comércio e os investimentos com algumas das economias de crescimento mais rápido do mundo", destacou.
O general americano argumentou que a "influência mercenária russa", o investimento chinês e grupos terroristas na África como Daesh, Al-Qaeda (organizações terroristas proibidas na Rússia e em outros países) e Al-Shabaab são todas razões que tornam a presença militar dos EUA na África uma necessidade.
Mark Esper, secretário de Defesa dos EUA, disse que a revisão dos comandos de combate dos militares pelo seu departamento pode não causar necessariamente a uma redução dos níveis das tropas, mas pode levar a que as tropas se afastem das operações antiterroristas.