Durante uma sessão especial em Jeddah, na Arábia Saudita, nesta segunda-feira, o comitê executivo da OCI instou todos os Estados membros a "não se envolverem com o plano [de Trump] ou a cooperar com o governo dos EUA na implementação de qualquer forma".
O órgão também pediu aos membros absterem-se de qualquer ação que "não considerem os direitos inalienáveis dos palestinos".
O secretário-geral da OCI, Yousef Al-Othaimeen, destacou que a organização apoiará qualquer esforço internacional de paz que esteja de acordo com o direito internacional.
Apresentado como o "Acordo do Século" pelo governo Trump, o plano descreve o estabelecimento de um Estado palestino independente, com sua capital estabelecida nos arredores de Jerusalém Oriental, atualmente controlada por Israel.
O plano, no entanto, permite que Israel mantenha os assentamentos existentes na Cisjordânia ocupada, que a ONU considera ilegal sob o direito internacional.
Além disso, o roteiro proposto também exclui o retorno de todos os refugiados palestinos, algo que a Autoridade Palestina e o mundo árabe consideram um dos principais requisitos para uma paz duradoura.
O plano de Trump foi endossado por Israel, mas universalmente rejeitado pelos palestinos e pela Liga Árabe, que veem o plano como fortemente distorcido em favor de Tel Aviv.